12 outubro 2015

Deutsche Musik: Karpatenhund

Eu vim aqui tirar a poeira e as teias de aranha deste humilde blog porque eu simplesmente descobri, há algumas horas, uma banda alemã tão legal que eu absolutamente PRECISEI apresentar aos meus queridos leitores fiéis que nem devem mais lembrar que eu existo tamanho foi o meu sumiço: KARPATENHUND!
Saskia, Claire, Stefanie e Björn

O som dos caras/meninas é um negócio indie-pop-chiclete-com-muita-guitarra. Formada em Köln no final de 2004 por toda a formação da banda Locas In Love, constituída por Stefanie Schrank no baixo (menina baixista <3), Björn Sonnenberg e Jan Niklas Jansen na guitarra e Maurizio Arca na bateria, mais a vocalista Claire Oelkers (que é VJ da MTV Alemã desde 2007), a banda lançou seu primeiro EP no Outono de 2006 e já começou a acumular elogios da crítica, que classificou as músicas deles como "pop-rock inteligente", além de fazê-los ir parar em festivais e rádios e emissoras de tevê alemãs.
Em algum ponto depois de 2007, o baterista Maurizio Arca saiu da Karpatenhund e foi substituído por Saskia V. Klitzing. O último álbum que eles lançaram, em agosto de 2009, foi intitulado Der Name dieser Band ist Karpatenhund ("o nome dessa banda é Karpatenhund"). Último, sim, porque em 2010 eles tiveram a PACHORRA de "se separar amigavelmente". Por que eu só encontro bandas legais que já acabaram? Verdammte Scheiße!

A boa notícia é que ainda tem alguns clipes no YouTube e, no ano passado, eles colocaram todos os álbuns disponíveis para ouvir gratuitamente no Bandcamp! Vem gente! Eu estou escutando tudo há horas! É sério!
Seguem aí algumas das músicas de que eu mais gostei até agora: Und es fängt an - Eigentlich wollte ich mich nicht mehr verlieben - Zusammen Verschwinden - Gegen den Rest - Ich will dass du bleibst - Szene 1 - Für Immer - Ist es das was du wolltest
As artes dos álbuns são um show à parte, todas ilustrações fofas de Stefanie Schrank, a baixista.

Zusammen Verschwinden



Gegen den Rest




Fontes das informações: Wikipedia e Cultura Alemã.


Até qualquer hora, galera! Eu também sinto saudades de escrever por aqui. *heul*

PS: Fazia tempo que eu estava atrás de uma outra banda Indie alemã. Vocal feminino é um plus e ainda por cima tem uma baixista menina. Mas a banda acabou. Ok, a gente lida com isso. Só que não *heul*
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09 fevereiro 2015

Deutsches Rezept: Rotweinkuchen

Hallo Leute!
Dando início aos posts sobre a culinária alemã no blog, escolhi uma sobremesa bastante apreciada pelos alemães: o Rotweinkuchen! (rot = vermelho, der Wein = vinho, der Rotwein = vinho tinto; der Kuchen = bolo - logo, der Rotweinkuchen = bolo de vinho tinto) Como o próprio nome já sugere, é um bolo que leva vinho tinto em sua receita.
A receita é super simples de se fazer, não vai tomar muito tempo e eu garanto por experiência própria, vale muito a pena! Ele já se tornou um dos meus bolos favoritos desde a primeira vez que eu fiz, pois seu sabor não tem como explicar, é muito diferente.
Essa receita eu retirei do Blog Dia de Domingas. Foi a melhor receita de Rotweinkuchen que testei!
Bem, vamos trabalhar!

Ingredientes

Vejam só o bolo! Sim, a foto é minha mesmo, fui eu que fiz! :)
  • 300g de farinha de trigo
  • 1 pacote de 7g (ou 1 colher de sopa) de fermento químico (o famoso Fermento Royal)
  • 2 colher de sopa de chocolate em pó
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • 250g de manteiga amolecida ou margarina
  • 250g de açúcar
  • 1 pacotinho (1 colher de sopa) de açúcar baunilhado
  • 5 ovos inteiros
  • 125 ml de vinho tinto
  • 100g de chocolate granulado ao leite de boa qualidade

  • Cobertura

  • 1 col. de sopa de chocolate em pó
  • 60 ml de vinho tinto
  • Acúcar de confeiteiro o suficiente

Informações antes de fazer

Antes de começar a explicar o modo de fazer, muitos vão se perguntar: "O que é isso, açúcar baunilhado?" Pois bem, ele é um açúcar que é misturado com baunilha. Ele tem um aroma e um sabor de baunilha e é bastante utilizado na culinária alemã. No Brasil não é muito comum de se encontrar, eu particularmente procurei em várias lojas na cidade e não encontrei. Para isso, existem duas alternativas:
  1. Fazer o seu próprio açúcar baunilhado: Demooooooooooooooooora pra caramba! As favas são geralmente encontradas em lojas de produtos naturais. Se você tiver paciência de fazer, basta colocar uma fava de baunilha em 400g de açúcar refinado. A fava deve ser cortada longitudinalmente ("de comprido") e as sementinhas dela devem ser misturadas no açúcar, junto com a própria fava. Depois deixar por pelo menos duas semanas em repouso, sempre dando uma mexida no açúcar para ele não virar um tijolo. Duas semanas depois, bata no liquidificador o açúcar e a baunilha que estava nele para que ela vire pó. Depois disso, só usar!
  2. Usar essência de baunilha: Com certeza bem mais simples! Basta usar uma colher de chá de essência a cada pacote (ou colher de sopa) de açúcar de baunilha.
Conforme seu gosto, pode reduzir a quantidade de canela em pó, porque pode ser que fique forte. Eu particularmente coloco um pouco menos para não ficar forte e para poder sentir melhor o sabor dos outros ingredientes.

O chocolate em pó pode ser substituído pelo cacau em pó, mas lembrando que, se utilizar o cacau em pó, deve diminuir um pouco a quantidade (uma colher e meia) para não ficar muito forte. O cacau em pó fica muito bom também pois deixa o bolo mais escurinho!
Caso goste, também pode ser colocado no bolo uvas passas, frutas cristalizadas ou castanhas e nozes. A medida fica a gosto do freguês. Fica muito bom também!

Modo de Preparo

  1. Agora é a hora que preparamos o bolo. Antes de tudo, unte e enfarinhe uma forma de pudim (de pelo menos 22cm), porque ninguém vai querer comer carvão nem ver seu lindo bolo preso na forma. Depois, pré-aqueça seu forno na temperatura de 170°C (ou 150ºC, depende do forno de cada um).
  2. Pegue a farinha, o chocolate a canela e o fermento e passe pela peneira. Qual a função disso? Não deixar empelotar seu bolo na hora de bater.
  3. Pegue outra vasilha e bata a manteiga com os açúcares (ou essência) até formar um creme fofo e volumoso (e gostoso também, prove para ver!). Depois, adicione os ovos ao creme, batendo um de cada vez! Importante que seja assim, beleza?
  4. Feito isso, adicione alternadamente o vinho e a mistura de farinha com outras coisas ao creme, em velocidade baixa, pois não queremos ver ninguém ficando sujo de farinha na cara enquanto faz o Rotweinkuchen. Lembre-se sempre de misturar bastante antes de adicionar uma nova medida de farinha ou vinho!
  5. Depois, misture manualmente o chocolate granulado (ou outro ingrediente da sugestão dada) e pronto, a massa está pronta! Agora só despejar na forma com cuidado e colocar para assar por 35 minutos. Lembre-se de fazer o teste do palito para saber quando o bolo está bom e não passar vergonha na hora de desenformá-lo!
  6. Para fazer a cobertura, a coisa fica mais simples. Basta misturar todos os ingredientes numa forma e adicionar açúcar refinado ou de confeiteiro (pelo amor de Deus não use açúcar normal, se não parece que está comendo areia!) até que ele vire uma pasta grossa. Feita a calda, espalhe sobre o bolo morno e depois é só partir para o abraço! Guten Appetit!

Comentários finais

Se fizer o bolo, poste aqui no blog ou no Facebook como foi sua experiência e o que achou dele! Se puder também, poste uma foto :) Nós adoraríamos saber como foi sua experiência!
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29 dezembro 2014

Desafio de ano novo SCHREI in Deutsch: seu celular em alemão!


Aeeee fim de ano! 2014 está quase acabando! E já vai tarde :~ Ok que esse ano não foi nenhum ano de glória do nosso querido Sid, mas nessa época dá aquele gás de "no ano que vem eu vou levar essa bagaça a sério" (e nós sabemos que 99% das vezes é cascata de nós pra nós mesmos), e comigo não é diferente.
Quer um exemplo? Estou com duas videoaulas prontas pra gravar e mais duas com script. Eu sei que o mundo inteiro menos eu adora videoaulas e por isso eu preparei essas quatro. Porém falta tempo, na maior parte das vezes, e certo ânimo quando eu estou à toa e me lembro que tenho duas videoaulas pra gravar e editar. Minha meta pra 2015 é uma só: publicar uma videoaula a cada 60 dias. Fiz até uma declaração de próprio punho para atestar isso e vocês podem me cobrar:


Mas bem, como nada me impediria de arrastar essa ideia o ano inteiro e acabar sem ter colocado uma mísera aulinha no Youtube, resolvi tomar uma atitude que vai me obrigar a pensar nisso cento e cinquenta vezes por dia: coloquei o celular inteiro em alemão! É sério!
Então eu tive uma ideia genial e resolvi desafiar vocês, leitores do SCHREI in Deutsch, a fazer a mesma coisa! Vamos lá, a gente vive com o celular na mão, e com um tanto de coordenação motora conseguimos fazer tudo para que usamos o smartphone de olhos fechados. Então, em 2015 vamos mudar o idioma do nosso brinquedinho favorito e ver quanto a gente aguenta. Não queria mergulhar de cabeça no alemão? Eis a sua chance!
Toda a equipe do SCHREI in Deutsch já entrou no desafio. Você vai ficar de fora?

GuilhermeCamihYara

Aproveitando o post, desejamos a todos os leitores Frohe Weinachten und einen Guten Rutsch!
Frohes Fest und bis nächste Jahre!




PS: Acabei de ver no blog da Frau Santana um link para um artigo da DW que enumera Dez motivos para passar o Natal em Berlin. Claro que eu fiquei encantada e resolvi compartilhar. :} Pena que no Natal já passou...
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18 dezembro 2014

A História da Língua Alemã

Hallo zusammen!
Devido ao interesse do pessoal pela história da língua alemã como visto no Facebook, decidi criar um post aqui para explicar um pouco mais sobre a origem do nosso querido, amado e idolatrado idioma!
Primeiro, é importante lembrar que esses estudos são um pouco complexos, então vou falar dos pontos mais importantes.

Protogermânico: como tudo começou

A primeira língua, ou seja, a língua-mãe da família germânica é conhecida como Protogermânico ou Língua Protogermânica. Ela é uma língua hipotética, por não existirem textos em que a mesma esteja presente para confirmar sua existência. Pesquisadores fizeram sua reconstrução pelo método comparativo, no qual são feitas comparações entre várias línguas para encontrar algum ponto em comum entre elas e, dessa forma, encontrar o idioma ancestral. Existem alguns escritos rúnicos escandinavos, conhecidos como Inscrições Vimose, que representam o Protonórdico, língua que vem próxima ao Protogermânico.
Durante o último estágio do Protogermânico, denominado Protogermânico Tardio, houve o desenvolvimento de sons nasais e o surgimento do nosso querido amigo Umlaut! Porém, nem tudo é um mar de rosas, e o Protogermânico se dividiu em vários dialetos, que podem ser reunidos nos seguintes grupos linguísticos: oriental, ocidental e setentrional (ou nórdico).

Oriental: o galho seco, quebrado e perdido do Protogermânico

Os textos mais antigos conhecidos da história da língua germânica vêm justamente desse grupo (lembrando que não há registro escrito do Protogermânico!). Mas em que idioma estava escrito esse texto? No gótico!
O idioma gótico é a língua falada pelos visigodos (do oeste) e ostrogodos (do leste). Os textos deixados pelos godos são traduções de Evangelhos para o idioma gótico. A língua foi extinta devido a uma série de fatores, como conversões a outras religiões e guerras.
Outros povos também contribuíram para o grupo oriental, como os vândalos e os burgúndios. Pouco se sabe sobre as línguas vândala e burgúndia (mas que maravilha de nomes são esses, minha gente?), visto que foram eliminadas junto com esses povos.

Nórdico: o pessoal de Odin

O idioma Protonórdico, também conhecido como Nórdico Primitivo, foi uma língua que se acredita ter surgido do Protogermânico. Atualmente, existem registros históricos do Protonórdico, no qual o idioma aparece escrito sob a forma rúnica. Alguns exemplos são: ponta de lança Øvre Stabu, Pedra Rúnica dos Tons (Tune Runestune) e a Pedra Rúnica Einang.
O Protonórdico evoluiu para o Nórdico Antigo, falado na Era Viking. Uma das principais características do Nórdico Antigo, em comparação com sua língua originária, é o surgimento do Umlaut e também dos ditongos.
Por sua vez, o Nórdico Antigo se fragmentou de maneira gradual em várias outras línguas, as quais são faladas atualmente: islandês, norueguês, faroês, sueco e dinamarquês.

Ocidental: o alemão tá aqui!

O grupo germânico ocidental, que teria se formado como uma variedade do Protogermânico, caracteriza-se por algumas novidades fonológicas e morfológicas ausentes nas línguas germânicas setentrionais e orientais.
Esse grupo é subdividido em 3 subgrupos linguísticos, que são:
  1. Germânico do Weser Reno: também conhecido como Istveônico, é o ancestral do idioma franconiano (ou francônio) e do holandês. A partir de um ancestral do holandês, o holandês médio, surge a língua Africâner, ou Afrikaans, que é uma língua falada na África do Sul e na Namíbia.
  2. Germânico do Mar do Norte: também conhecido como Ingevônico, é o ancestral do baixo alemão e do grupo anglo-frísio, ao qual pertence o inglês. Nele também se encaixa o Frísio, um idioma que atualmente é falado por pouco mais de 700 mil pessoas na Europa.
  3. Germânico do Elba: também conhecido como Hermionês (sim, o povo tinha o nome daquela garota do Harry Potter), deu origem ao alto alemão (nosso querido Hochdeutsch!). Além disso, também deu origem ao idioma Iídiche, uma linguagem falada majoritariamente por judeus das Europas Central e Oriental.


A partir daí, podemos ter uma ideia do motivo pelo qual o alemão, o inglês e o holandês dividem tantas semelhanças! Afinal, elas são todas línguas-primas! Vamos ver uns exemplos de semelhança entre as três línguas?
Alemão Inglês Holandês
Blau Blue Blauw
Text Text Tekst
Mann Man Man
Hoch High Hoog
Sieben Seven Zeven
Chega de palavras soltas? Beleza! Vamos ver umas construções bem simples para comparar as três línguas:
Alemão Inglês Holandês
Ich bin I am Ik bem
Sie sind They are Zij zijn
Er kommt He comes Hij komt
Agora notem a semelhança que existe quando usamos um tempo verbal diferente. No caso, usando o nosso amigo Perfekt!
Alemão Inglês Holandês
Ich bin gewesen I have been Ik ben geweest
Ich habe getan I have done Ik heb gedaan

Bem, tentei passar de uma maneira bem simples um pouco sobre o histórico do alemão, tentando explicar o porquê de várias similaridades com o inglês e o holandês. Espero que tenha ficado claro, porque é um assunto um tanto quanto complicado e extenso!
Não deixe de comentar e compartilhar conosco o que você acha mais interessante na história da língua alemã!
Servus!
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